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Abril 2020


Ano XXVII - Nº 74



Neste Boletim:



  • A Grande Prioridade;

  • “Recados do Pai”;

  • Excertos d’O Grande Evangelho de João;

  • Dádivas do Céu;

  • Deus é a Nossa Força;

  • O Nome de Deus.



A GRANDE PRIORIDADE

O Evangelho proclamado por Jesus deve ser radical na sua aceitação e na sua vivência. Este Evangelho, apresentado pelo quatro evangelistas, mostrando cada um deles uma faceta do Divino Mestre, é hoje em dia pregado sem se enfatizar o Amor a Deus incondicional, o amor ao próximo como a exteriorização do primeiro e a renúncia.

Ninguém pode dizer que Jesus não alertou os Seus para as dificuldades que iriam encontrar no mundo e que deveriam tomar posse do Seu reino com determinação e vigor. Entre as muitas advertências, destacamos esta pronunciada pelo Senhor: “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele.” [1]

A mornidão e a falta de compromissos sérios na nossa vivência cristã levam aqueles que espiritualmente procuram um pouco mais a sentirem frustrações, entre elas a falta de poder. Para voltarmos novamente a experimentar a manifestação do Poder de Deus e a ligação espiritual existente na Igreja Primitiva, comecemos por prestar atenção às palavras que o Pai nos enviou:

“No encontro Comigo, vosso Pai, tendes de pensar e sentir que não existem outras prioridades.”

Para seguir Jesus, temos de considerá-Lo a nossa prioridade absoluta, deixando tudo o que nos possa tolher na caminhada, pois como discípulos Seus somos observados pelos homens nossos iguais, pelos anjos e pelos demónios, como diz a Escritura:

“Portanto, nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta.” [2]

Podemos correr esta carreira de duas maneiras: a do facilitismo ou a do esforço.

Como exemplo, tomamos o pequeno trabalho da caridade que a nossa comunidade leva a cabo há alguns anos. Julgávamos no início que o que fazíamos era suficiente, mas um dia fomos chamados à atenção pelo nosso Pai, que com carinho disse precisamente o contrário: “Quantas vezes abraçastes um sem-abrigo? Quantas vezes olhastes fundo no sofrimento de uma criança? É isto que vos falta, Meus filhos. Abri os vossos corações. Vós fazeis a caridade que todos os que estão no primeiro Céu fazem, mas Eu de vós quero mais. Quero a caridade do segundo Céu, a caridade da dádiva, da entrega, do sofrimento e não a caridade do conforto, em que dais o que tendes, o que vos sobra e o que vos dão. Dais o vosso tempo e o vosso trabalho. E o vosso coração?”

O Senhor quer mais de nós e nós podemos e devemos dar-Lhe. Claro que essa dádiva tem um custo em sofrimento, mas vale a pena. O nosso querido Jesus não Se deu pela metade, mas entregou toda a Sua vida em sacrifício por nós.

Eis o que nos disse, um dia, o Pai: “Ponderai, Meus filhos, se realmente é este o caminho que quereis traçar porque, a partir daqui, os vossos pés e os vossos corações vão sangrar ao sentirem o sofrimento dos vossos irmãos.”

Empenhemo-nos no caminho da caridade, pois só através dele agradamos ao Senhor; não há outra forma de demonstrarmos que O amamos verdadeiramente.

Quase no final de Seu ministério terreno, Jesus lembra a todos a bem-aventurança eterna que aguarda os justos e a correcção eterna para aqueles que desdenharam a Sua palavra: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e deste-me de comer; tive sede, e deste-me de beber; era estrangeiro, e hospedaste-me; estava nu, e vestiste-me; adoeci, e visitaste-me; estive na prisão, e foste ver-me (…) Em verdade vos digo que, quando o fizeste a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizeste.” [3] Esta é a súmula do Evangelho.

Quando aceitamos o caminho proposto por Jesus, aceitando a Sua doutrina, ponderamos uma existência física e uma eternidade com Deus, e opinamos correctamente que a eternidade tem mais valor do que a nossa existência física; mas também desejamos que Ele nos dispense a Sua protecção e guarde a nossa fé para a Sua vinda.

No ditado incluído neste boletim, as palavras do Pai nos dão essa garantia, incluindo àqueles que nos são queridos:

“Em nada Eu vos excluo e a Minha vinda vos contemplará e aos vossos.”

“No caminho existe percurso simples e percurso árduo e é neste que vós Me atingis em verdade.”

Embora o Senhor nos tenha transmitido esta promessa de bênção, também nos adverte sobre o sofrimento como exigência para chegarmos a Ele.

Quando chegamos neste ponto da nossa reflexão, nos lembramos do receio de Jesus perante o sofrimento que O esperava e da Sua oração.

Foi um pedido angustiado para que fosse aliviado do sofrimento, mas ao mesmo tempo Ele tinha a convicção de que havia vindo para isso:

“E disse: Abba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice, não seja, porém o que eu quero, mas o que tu queres

  1. Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora.” [4]

Chegamos ao final da nossa reflexão sobre vários pontos do ditado proposto para este mês, e talvez alguns irmãos e leitores estejam temerosos, julgando ser difícil atingir o que está exposto, mas vejamos como tudo é facilitado se nos dispusermos a fazer o que nos foi pedido pelo Pai e que é muito simples:

“Nada mais vos pedirei do que o vosso Amor e dedicação.”

Eu creio que todos nós amamos o nosso Deus e por essa razão tudo nos será possível neste mesmo amor.

Fraternalmente em Cristo Jesus,

Pr. Egídio

  1. Lucas 16:16 [2] Hebreus 12:1

  2. Mateus 25:34-40 [4] Marcos 14:36; João 12:27

Nota: Alguns leitores e também vários irmãos pediram que este boletim voltasse a ter frequência anterior. Assim, a partir deste mês de Abril, ‘A Voz de Betânia’ passará a sair com a periodicidade mensal.

Desejamos a todos uma Páscoa na presença do Senhor, lembrando o Seu sacrifício para remissão dos nossos pecados, mas glorificando-O pela Sua ressurreição, trazendo-nos uma nova vida.

RECADOS DO PAI

No encontro Comigo, vosso Pai, tendes de pensar e sentir que não existem outras prioridades.

No caminho existe percurso simples e percurso árduo e é neste que vós Me atingis em verdade. Aí, tudo o que é terreno se exclui e a alma, em sangue e ferida, recorre ao Pai, fortalecendo o espírito. Aí, vos despis de orgulho, vaidade e vanglória. Sois filhos mortais na busca da vida eterna que sou Eu.

O medo se revela como ignorância do espírito e distância de Mim. O temor a Mim indicia respeito que é caminho para a rectidão e, posteriormente, o Amor. Eu quero que atinjais o Amor cada vez mais divino. Não importa o caminho, desde que tenhais os olhos postos em Mim e procureis respeitar a Minha palavra.

Em nada Eu vos excluo e a Minha vinda vos contemplará e aos vossos. Mas o sofrimento é caminho e ele vos pertence até Me encontrardes.

Nada mais vos pedirei do que o vosso Amor e dedicação. Tenho projectos para vós e na obra já vos incluis, desenhando trajecto de futuro. Eu vos integro em Mim e quando vos digo que não quero dinheiro sujo é porque ele antes será abençoado, para só ser usado no crescimento espiritual e no amor ao próximo. Nada será usado sem Minha permissão e orientação para que os dois campos possam frutificar e dar fruto por igual. Toda a colheita terá de ser feita com o objectivo de encher os Céus.

Tudo a Mim deveis perguntar.

Por isso, escutai mais do que falai e vede com vossos olhos o caminho da religião. Como não hei-de Eu ficar triste? Mas o vosso testemunho e firmeza será ouro nas vossas mãos e promessa de mudança.

Não procureis afugentar quem Eu chamo; mas sim, clamai para terdes paciência, abnegação e paz para todos acolher. Na humilhação chegais ao Pai e no Amor Eu vos abençoo por eternidades.

Sede amorosos, filhos Meus. Amém.


 

​​

EXCERTOS D’O GRANDE EVANGELHO DE JOÃO

PROMESSA DO SENHOR SOBRE O FIM DOS TEMPOS

«Diz Pellagius: Senhor e Mestre, todos nós Te agradecemos por este conhecimento, aliás não de molde a alegrar um coração bondoso. Todavia é justo que o mau se condene e se afaste do bom. Se pudéssemos enviar anjos poderosos para junto de tais homens para demonstrar-lhes a sua injustiça, não se converteriam?”

Respondo: Meu amigo, tal pensamento honra o teu coração. O desejo expressado já foi por muitas vezes efectuado por Mim, tanto neste quanto no outro mundo, e sempre foi de efeito bom e persistente para os ainda dispostos à salvação.

Lê a História de Sodoma e Gomorra. Anjos verdadeiros desceram dos céus junto de Ló, e qual foi o resultado? Lê o que aconteceu em épocas de Noé. Quem se importou com aquilo, com excepção de Noé e a sua família? O que fez Moisés diante do faraó tirano, que se tornou cada vez mais irado e maldoso, não desistindo de perseguir o profeta e os israelitas, até que o mar o tragasse, bem como ao seu exército? Vê a história de Jericó. Grandes foram os sinais sob a regência de Josué, e excluindo uma prostituta, ninguém se alterou. Estuda a história de todos os profetas, grandes e pequenos, e verás o resultado fraco que produziram entre os pecadores contra a ordem de Deus.

Deixemos de lado o que nesta Terra foi tragado pelo tempo, e observemos a época actual, estupenda e inédita. Vê os Meus discípulos. Quem são? Na maioria, pobres pescadores. Há alguns de Jerusalém que Me acompanham há certo tempo. Mas onde estão os chefes dessa cidade que também ouviram a Minha palavra, e onde Eu pessoalmente operei os maiores milagres, acompanhado de um dos maiores anjos? De que adiantou? Querem perseguir-Me e matar-Me a todo o custo.

No final, permitirei que o façam ao Meu corpo, para ressuscitar ao terceiro dia. Então visitarei todos os Meus amigos para seu consolo e conforto. Os renitentes não se alterarão por isso, mas perseguirão os Meus amigos até terem completado a medida das suas crueldades, e Eu os varrer da superfície da Terra.

Até ao fim do mundo, enviarei os Meus mensageiros celestes, para evitar que o Meu Verbo seja deturpado e destruído pelos filhos maus. Mas também aqueles serão perseguidos em Meu nome, até à época em que voltarei qual raio que de um pólo a outro iluminará tudo o que houver na Terra, bom ou mau. Farei, então, uma grande selecção sobre todo o orbe, conservando apenas os bons e puros.

Daí concluirás que sempre fiz o que acabas de desejar, e assim farei até ao fim dos tempos. A vontade livre dos homens sempre será respeitada, para prova da sua liberdade e a fim de renunciarem a todos os desejos carnais, tornando-se humildes e pacientes, mantendo e aperfeiçoando o Meu reino dentro de si. Quem quiser vir a Mim, terá que fazê-lo tão perfeito como Eu. Para que isso lhe seja possível, vim pessoalmente a este mundo para demonstrar o caminho para todos.

Não vos deixeis seduzir e ofuscar pelo mundo, a sua matéria e pelos desejos da carne, para não despertardes o julgamento do mundo e o próprio inferno, a segunda morte da alma.»

O AMBIENTE ESPIRITUAL DO SENHOR

«As Minhas palavras produzem forte impressão nas almas dos romanos, que conjecturam intimamente: Ele tem razão em tudo, e nós humanos somos representantes do Seu rigor, e não simples distracção da Sua omnipotência.

Em seguida o comandante vira-se para Mim e diz: Senhor e Mestre, abordaste em Teu discurso que durante muito tempo um anjo perfeito Te acompanhou e atestou fielmente teres vindo à Terra. Tal facto havia sido prometido através dos profetas, de sorte que os pagãos também estavam informados. Não seria possível chamares um anjo para podermos vê-lo?

Respondo: Como não? Muito embora a aparição de um anjo, não sirva para confirmar ainda mais a vossa fé em Mim. Não necessito chamar tal anjo para apresentar -se conforme pensais. Onde estou, se apresenta o máximo Céu com todas as falanges angelicais que sempre Me rodeiam. Abrirei a vossa visão por alguns momentos, para verdes o Meu ambiente. Que assim seja.

Imediatamente, todos vêem, como se formassem enormes círculos, inúmeros anjos de pé, sentados e ajoelhados, voltando o seu olhar para Mim e louvando-Me. A visão estonteia os romanos, que pedem que lhes feche os olhos ainda impuros para tal maravilha. Faço cessar a visão, com excepção da presença de Rafael, visto como se fosse de carne e osso. O comandante pergunta, admirado da sua formosura, quem é e de onde viera tão inesperadamente.

Digo Eu: É justamente o anjo que sempre Me rodeava como ora, caso fosse necessário para despertar a fé, ensinando e operando grandes milagres. Se quiseres, poderás falar-lhe directamente.

romano vira-se para Rafael e indaga se sempre estava junto de Mim para servir-Me.

O arcanjo responde: O Senhor não necessita dos nossos serviços; todavia O servimos com todo o amor, pela ajuda prestada aos homens segundo a Sua vontade, para proteger-vos de perseguições maldosas do inferno. Quanto maiores as tarefas nesta Terra e nos outros corpos celestes do espaço infinito, tanto mais felizes somos. Fazei o mesmo, que fareis o que eu faço.

Obsta o romano: Sei quem és, mas ignoro o que podes fazer.

Retruca Rafael: Tudo o que o Senhor mesmo pode, eu posso fazer. De mim mesmo, posso tão pouco quanto tu. Pela vontade do Senhor, que preenche todo o meu ser, posso realizar tudo. Aceita a vontade Dele, que poderás realizar o que faço.

Com isto, Rafael desaparece, e o comandante grava as suas palavras no fundo do coração.»

OS CIDADÃOS DE APHEK

«Após termos tomado a nossa refeição, na qual participaram os sacerdotes pagãos, chegam alguns moradores da cidade que Me desconhecem e dizem admirados ao anfitrião: Já sabes que os arrabaldes da cidade estão inteiramente floridos? Seria efeito do terremoto, ou teriam os deuses se apiedado em virtude das nossas orações e oferendas?

Responde o taberneiro: Não há novidade nisso e também estamos sumamente felizes. Sabemos ainda outro facto surpreendente. Subi a colina da murada da cidade que vereis uma fonte extraordinária, podendo suprir todos os moradores com boa água. Tão logo for possível, começaremos a fazer a canalização e igualmente satisfaremos as manadas de animais, que assim não necessitam procurar alimento em grutas e vales.

Quando os cidadãos descobrem a fonte, ficam estonteados, e um, ainda bastante crente nos deuses, diz: Devemos procurar os sacerdotes para a construção rápida de um templo em benefício de Neptuno, agradecendo-lhe por tamanha graça. Além disso, deve haver um sacerdote aqui instalado, para honrar o nosso protector.

Assim, eles voltam à cidade, onde fazem o relato do grande milagre. A multidão corre até lá e analisa o fenómeno, deixando-nos em paz, podendo fazer os preparativos para a viagem. Antes de partir, avisei o comandante e os sacerdotes dos comentários feitos na fonte pelos cidadãos, e que agora deveriam estar prontos a evitar que o paganismo deitasse raízes ainda mais fortes.

Responde o romano: Senhor e Mestre, saberemos impedi-lo com a Tua ajuda. Em relação terrena, sou chefe da zona e sujeito somente ao Coronel Cornélio actualmente residente em Cafarnaum, e ao Prefeito Cirénius, geralmente em Tiro e Sídon. Ambos sendo Teus amigos e adeptos da Tua causa, pouco temos que temer na tarefa em benefício da humanidade.

Respondo: Sem reacção dos homens, o trabalho para o Meu reino dificilmente será feito. Se, uma vez por outra, enfrentardes pequenos ou grandes dissabores, não percais a coragem, confiança e fé em Mim, que não tereis trabalhado em vão. Como já disse, nesta época em que o poder do inferno se tornou demasiado forte, o Meu reino necessita de violência e grande zelo, e só os que empregarem violência, conquistá-lo-ão.

Virão certas provações e tentações sobre vós; mas lembrai que vos avisei a respeito. Sede corajosos, lutai com prudência e com todo o amor contra as investidas do mundo dentro e fora de vós, e assim colhereis com a Minha ajuda frutos dourados pelo trabalho do Céu e a alegria será grande e imorredoura.

Todo o competente trabalhador merece recompensa, e quanto mais pesado o trabalho, tanto maior e especial será o prémio. Quem não quiser trabalhar por julgar demasiado sacrifício, não precisa esperar recompensa, mas passará fome. A fome física já sendo dolorosa, muito pior será a fome espiritual para quem já se saciou do pão celeste, sem se esforçar por um acúmulo para o sustento eterno da sua alma. O verdadeiro pão e o néctar real dos Céus, sou Eu na verdade eterna de tudo o que vos ensinei. Recebestes grandes reservas. Tratai que não diminuam. Para evitá-lo, preciso é que sejais sempre activos no Meu nome. O Meu Amor vos fortifique e a Minha Sabedoria vos guie.

Todos Me agradecem comovidos pelo ensinamento e os grandes benefícios materiais.»

A PARTIDA DE APHEK

«Passadas as manifestações de reconhecimento, o comandante pergunta se lhe permito acompanhar-Me ao próximo distrito. Respondo-lhe: Amigo Pelagius, tu e os teus fizestes muito; continua na tua comarca e profissão, e em tudo que organizei para o teu futuro. Ao voltares a Pella, encontrarás muito trabalho. Fica mais alguns dias e ajuda os sacerdotes na empresa algo difícil no início. Caso vierem alguns forasteiros e judeus, não faças grande alarde da Minha pessoa e dos Meus actos.

Dou um aceno aos discípulos para deixarem o albergue e Me esperarem fora da cidade, com excepção de João que Me acompanha. Fico mais algum tempo para consolar Verónica, cheia de tristeza com a Minha partida. Depois sigo para a colina, onde o comandante se despede, e marchamos em direcção a Oeste para outra cidade, cujo nome não tem importância.

Haverá quem pergunte qual o efeito posterior entre os pagãos de Aphek, e quanto tempo levou para aderirem à fé em Mim. Respondo que, no decorrer de um ano não mais havia um pagão na cidade e arrabaldes. No início houve correntes contrárias. O povo, sendo instruído pelos sacerdotes e pelo comandante, em breve reconheceu os seus enganos e aceitou feliz o conhecimento da pura verdade, e Eu não deixei de cumular os fiéis seguidores, em palavra e acção, com a Minha força. Após a Minha ascensão visitei especialmente aqueles lugarejos e transmiti aos convertidos o consolo pleno e a justa força para agirem em Meu nome.

Por ocasião das grandes tribulações em Jerusalém e na Judeia, a cidade de Aphek serviu de refúgio aos judeus convertidos à Minha doutrina. O comandante fundou uma comunidade, sem pompa, que manteve o seu nome após Eu o chamar para junto de Mim. Viveu mais trinta anos após a Minha ascensão, sendo nomeado chefe das dez grandes cidades, entre as quais havia quantidade de pequenas vilas. Eis a súmula relativa à situação daquelas zonas, no que diz respeito à Minha doutrina."

(O Grande Evangelho de João – X – 115-118)

 

DÁDIVAS DO CÉU

Palavras de agradecimento do profeta Jakob Lorber ao Senhor

“Por favor, aceita Senhor o nosso mísero agradecimento pelos grandes segredos que Tu tão carinhosamente revelas a nós, pecadores, que não o merecemos de forma alguma. Observa os nossos corações enternecidos e gratos pela grande felicidade que nos dás de ouvir as Tuas palavras tão plenas de vida.

Muito obrigado e louvado sejas eternamente, tanto nos céus como em nossos corações. Amém.”

Saudações do Alto – Domingo de Páscoa

«Que esta mensagem seja dedicada a todos vós, Meus filhos, para que sirva de prova que o vosso trabalho Me agrada. E se vós continuardes a trabalhar em nome do Meu amor, tal como fizestes desde o começo da obra, sabereis que a Minha mão está a postos para abrir a comporta de dádivas que derramarei sobre as vossas cabeças. E a Minha bênção jamais se afastará de vós, de vossos filhos e dos filhos de vossos filhos. Mas não vos preocupeis pelos filhos e suas matérias, mas sim cuidai dos seus espíritos.

Não é bem mais difícil tratar do corpo do que do espírito? Pois então entregai a tarefa difícil a Mim e permanecei com a tarefa mais leve, para que possais ficar livres em todas as vossas outras actividades e que os vossos filhinhos possam reconhecer o grande Amor do Santo do Céu, o Único doador de todas as dádivas boas. Ele é, sempre foi e o será eternamente. Isto Eu vos dou como um bom conselho, para que possais confiar totalmente em Mim, pois Eu sou fiel a todas as Minhas profecias.

Também vos digo que todo aquele que auxiliar a disseminação da Luz que vem de Mim – para o reconhecimento de todo o bem que vem do Meu Amor e de toda a verdade que vem da Minha Sabedoria e para o enaltecimento do Meu nome – Eu lhe darei o renascimento completo e absoluto. Com isto vos darei novos nomes, também vos farei Meus filhos queridos, abençoados pelo Meu Amor, igual ao que fiz com Meu amado João, o escritor oculto destas Minhas palavras.

Que isto seja uma feliz saudação, a primeira que recebereis em palavras neste dia importante. Isto fala o eterno, amoroso e santo Pai. Amém.»

(Revelação transmitida ao profeta Jakob Lorber em 10-04-1840)


 

DEUS É A NOSSA FORÇA

Há cânticos que nos comovem e com os quais nos identificamos.

Há palavras em que a sua mensagem expressa os nossos sentimentos, ou o estado de espírito que experimentamos, ou já experimentámos de forma profunda no passado. Por isso assumem um significado especial e único para cada um de nós.

Através da Internet, recebi uma mensagem com um texto que não posso deixar de partilhar convosco:

“Quando estou deprimido(a) e minha alma está tão cansada, Quando os problemas vêm, e o meu coração fica destroçado, Então fico quieto(a) e esperando, aqui no silêncio,

Até que Tu venhas e te sentes comigo por um tempo. Tu me elevas, então posso ficar de pé nas montanhas,

Tu me elevas para caminhar em mares tempestuosos,

Eu sou forte quando estou nos Teus ombros,

Tu me elevas, a mais alto do que eu posso ser.”

Na verdade, quando nos momentos mais difíceis das nossas vidas, sentindo-nos enfraquecidos espiritualmente e de coração magoado, vagueamos pelo vale da sombra da morte absolutamente abandonados, sem ninguém que esteja longe ou perto para nos ajudar, tomamos consciência que só temos Um que está sempre presente – o nosso Deus!

No silêncio dessa solidão e amargura d’alma, viramo-nos para o Alto. E então, “Ergo os meus olhos para o monte. De onde me vem o socorro? O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra”.

  • precisamente o que nos acontece. Tomamos consciência de que só Deus é o único que nunca nos abandona. E se faz presente ao nosso lado, conforta o nosso coração, dando-nos força para continuar a lutar. O seu bálsamo doce e suave nos acalenta nesses momentos de tristeza, encorajando a prosseguir a carreira.

Só o Criador desperta na nossa alma um sentimento de confiança desta forma; mas como diz a Escritura: “Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.

Porque sabemos, sem qualquer dúvida que “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito.

Na verdade, “Em ti confiam os que conhecem o teu nome; porque tu, Senhor, não abandonas aqueles que te buscam.

Ponderemos na bênção de termos em ter um Pai Eterno assim… Porque tal como disse Jesus: “O que é impossível para os homens, é possível para Deus.

Só Ele nos ergue como ninguém é capaz de o fazer.

Por isso Jesus, sem ter necessidade, mas por nos amar dessa forma incompreensível, reduziu-se a si mesmo tornando-se Homem, e viveu entre nós ensinando-nos o caminho do Amor e da Verdade; abrindo os nossos olhos para o caminho da Luz.

Há mais de dois mil anos, Jesus tomou sobre os seus ombros a maior cruz de todas – os pecados da humanidade. Lavou-os com o seu precioso sangue, e pelas suas feridas fomos sarados.

Livrou-nos da morte eterna, reconciliando-nos com o Todo-Poderoso. A morte não o pôde reter. Ressuscitou ao terceiro dia e vivo está!

Este mês iremos celebrar uma vez mais o sacrifício de Jesus. Páscoa é tempo de reflexão, sinónimo de libertação das amarras que nos impediam de estar com ele no Paraíso.

Quem n’Ele crê nunca está só.

Quem n’Ele crê pode sentir a sua força e poder. Profundamente gratos por tão grande amor, façamos um esforço e tentemos seguir aquilo que nos recomendou: “Amem-se uns aos outros, como eu vos amei!

Saibamos honrar o Santo nome de Jesus, seguindo o seu exemplo, para que o seu sacrifício e morte não tenham sido em vão.

Uma Santa Páscoa para todos, queridos irmãos.

Irmã Manuela Diniz

 


O NOME DE DEUS


Na Bíblia, o nome de Deus é representado 5410 vezes. Originalmente, os hebreus não podiam dizer o nome de Deus em voz alta. Precisamente pelo mandamento de não dizer o nome de Deus em vão, o nome retratado não tinha vogais e assim o nome de Deus foi representado por quatro consoantes YHWH. (Êxodo 3:14-15)

E Deus disse a Moisés: “EU SOU O QUE SOU”. E ele disse:

Assim dirás aos filhos de Israel: “EU SOU me enviou a vós”.

Além disso, Deus disse a Moisés: “Assim dirás aos filhos de Israel: YHWH, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob, me enviou a vós. Este é o Meu nome para sempre; com ele serei lembrado por todas as gerações”.

A frase "EU SOU O QUE SOU", de acordo com as regras da gramática hebraica, significa "EU SOU o único que é, quem é e quem será", ou seja, "EU SOU o único que está sempre presente", "EU SOU".

Deuteronómio 6:4-5

Mas, embora no Antigo Testamento houvesse um grande medo de Deus e eles usassem outros sinónimos para o nome de Deus (Adonai, Elohim, HaShem, EU SOU), com Jesus, um novo pacto com Deus foi-nos dado. O Filho nos mostrou o Amor do Pai por nós e fomos enxertados como Seus filhos.

Diante dessa necessidade de proximidade com Deus, ao nome impronunciável YHWH, colocam-lhe as vogais para ser possível pronunciar os nomes de Deus que todos nós usamos hoje como YAHWEH ou YEHOWAH ("O QUE EU SOU" ou "A CAUSA DE SE TORNAR”).

Também é possível encontrar a abreviatura como YAH ou JAH no Salmo 68. É por isso que o encontramos incorporado dentro da frase “hallelujah” que significa Louvor a JAH. Mas deve-se notar que Jesus nunca se refere a Deus como Jeová ou como Yahve, mas sempre se refere ao Pai.

Diante desse amor ao Pai, precisávamos sentir uma maior proximidade. Foi-nos dada uma comunicação directa com Deus para que pudéssemos chamá-Lo de Pai.

Este novo relacionamento com Deus nos foi dado através de nosso Senhor Jesus Cristo, e na nossa caminhada como bebés, estamos sujeitos à mão de Deus Pai que nos guia e nos sustenta. Crescemos e deixamos o leite espiritual inicial e mudamos para um alimento espiritual mais consistente. Mas em todo esse crescimento espiritual há algo que permanece presente: sentir a presença de Deus ao nosso lado.

Como os passarinhos debaixo da asa protectora do pai, assim nos sentimos debaixo do manto protector de Deus.

Saber que podemos falar com Ele directamente nos traz paz e sossego. Fora de Deus não sentimos o Seu calor e paz.

Falamos com Ele através da oração e Ele responde-nos através da Sua palavra. Por isso o inimigo, é a primeira coisa que nos quer tirar - orar e ler a Palavra. Ele deseja, por todos os meios, bloquear este diálogo entre nós e o nosso Pai.

Também pode acontecer que, pelos nossos problemas, muitas vezes sejamos bloqueados para ouvirmos o que Deus nos diz e pararmos para reflectir; isto é um dos piores pesos que podemos carregar.

Irmãos, usemos essa estreita relação que temos com Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, a Trindade plena, para dialogar diariamente com o Senhor e deixá-Lo organizar e dirigir as nossas vidas.

Irmão José Luís Robledo

(Obra Social Refúgio Betânia – Espanha)

 

Leia A Bíblia O Grande Evangelho de João

“A Luz Completa” “Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há-de vir.” (Evangelho de João 16:13) “Eis a razão, porque agora transmito a Luz Completa, para que ninguém venha a desculpar-se numa argumentação errónea de que Eu, desde a minha presença física nesta terra, não Me tivesse preocupado com a pureza integral de Minha doutrina e de seus aceitadores. Quando voltar novamente, farei uma grande selecção e não aceitarei quem vier escusar-se. Pois todos os que procurarem com seriedade acharão a verdade.” (O Grande Evangelho de João – volume I –)




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