Ano XXVII - Nº 87
Neste Boletim:
O GRANDE MANDAMENTO
Jesus foi claro quando se dirigiu aos Seus discípulos, dizendo-lhes: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.” [1]
Infelizmente, quando lembramos o passado histórico e o desenvolvimento da igreja cristã até aos nossos dias, não vemos esta realidade, antes pelo contrário, constatamos que as atitudes contrariam radicalmente este ensino de Jesus.
O apóstolo João, que escreveu o evangelho de onde extraímos o texto citado, numa das suas cartas resume magistralmente quem é o Deus que adoramos e procuramos servir, mostrando o Seu carácter intrínseco. Diz ele: “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.” [2]
É precisamente este Amor de Deus que tem de passar para nós através da actuação do Seu Espírito Santo, levando-nos à acção demonstrativa que em nós reside esse sentimento superior; e só existe uma forma de o demonstrar, como foi dito: “Aquele que não ama não conhece a Deus”.
Hoje em dia deparamo-nos com circunstâncias de grande dificuldade, em que a ajuda material e espiritual é mais necessária do que nunca.
Na citação que fazemos em ‘Dádivas do Céu’ Jesus começa por definir de quem Ele é próximo:
“Cada miserável é Meu irmão mais próximo, como cada rico avarento o é de Satanás.”
Para podermos ajudar a tantos, o que temos será sempre pouco e deparamo-nos muitas vezes com dificuldades em custear projectos que sabemos serem necessários; as ajudas humanas e financeiras escasseiam, mas o nosso Pai permite que possamos pedir ajuda, desde que esses pedidos tenham por alvo o serviço da caridade, ou a ajuda ao nosso próximo. Sempre fomos relutantes em pedir ajuda externa, não por orgulho, mas porque achávamos que devíamos ser nós somente a custear esse encargo. Mas um dia, ao ler a Nova Revelação Viva, que de certa forma nos tem aberto os olhos para entender as coisas espirituais de forma diferente da rigidez de outrora, vimos que o nosso Deus nos autoriza a pedir ajuda, quando necessário:
“Fazer-se o bem aos necessitados, é do agrado de Deus. Trabalhar e pedir para eles é maravilhoso para Deus e terá mérito aqui, e muito mais no Além.” [3]
Então, cremos que chegou a hora de juntarmos esforços, quer pessoais quer financeiros para fazermos a CARIDADE que está ao nosso alcance, no verdadeiro Amor de Jesus, ajudando as pessoas que estão ao nosso redor; esforcemo-nos em trazer as nossas ideias e haveres, não esperando que seja sempre o outro a fazê-lo por nós.
Temos uma estrutura que está parada desde Março de 2020, pois os confinamentos sistemáticos nos têm impedido de actuar como fazíamos anteriormente; mas será que no nosso meio não haverá criatividade para contornar legalmente as situações vigentes e começarmos a fazer algo – talvez novo?
Não julguemos que a nossa relação com Deus se resume somente aos cultos, às orações e louvores e que somente através dessa forma estamos agradando ao Senhor, pois muitas vezes tudo isso é mais para o nosso agrado do que para Lhe prestar a honra que Ele merece.
Que as palavras proferidas por Deus ao profeta Isaías, e que Jesus repetiu dirigindo-se aos fariseus de Sua época, nunca em circunstância alguma se apliquem à nossa comunidade: “Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído.” [4]
O nosso coração só estará próximo do Senhor quando estiver junto do necessitado, pois as palavras que Jesus proferiu não deixam qualquer margem de dúvida a esse respeito: “… Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.”[5]
Cremos pela fé que a situação pandémica que estamos atravessando acalmará e quem sabe até possa em breve terminar, pois os esforços nesse sentido são muitos, quer por parte dos governos, quer pelas milhares de orações fervorosas que têm subido até Deus para Ele usar de misericórdia, mas não esqueçamos que a doutrina de Jesus assenta somente nos dois pilares do Amor, sobejamente conhecidos de todos nós. Questionado pelo fariseu sobre o grande mandamento, Jesus responde: “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas.” [6]
Fraternalmente em Cristo.
Irmão Egídio Silva
[1] João 13:34 [2] I João 4:8 [3] O Grande Evangelho de João – IX – 9:2
[4] Isaías 29:13; Mateus 15:8 [5] Mateus 25:40 [6] Mateus 22:37-40.
DÁDIVAS DO CÉU
CARIDADE FALSA E CARIDADE VERDADEIRA
«Cada miserável é Meu irmão mais próximo, como cada rico avarento o é de Satanás.
No momento em que Eu envio às vossas portas, a vós que sois ricos, afortunados e proprietários, um pobre irmão Meu, podeis considerar-vos amados por Mim, pois Eu ainda não retirei o Meu amor de vós.
Mas se conseguistes – e aqui falo em geral – que os pobres não se atrevam mais a chegar às vossas moradias, aí sabei que o Meu amor se retirou para sempre. E um destes ricos se encontra materialmente sob a protecção do inferno, mas em toda a sua felicidade aparente não existe nem uma mínima chama do Meu amor, e muito menos da Minha misericórdia.
Este facto também acontece com aqueles ricos que fazem donativos somente para aparecerem ou então para conseguirem vantagens. Para Mim são verdadeiros horrores aqueles donativos conseguidos pela prostituição, dança, jogos e outros meios ilícitos, todos estes meios por Mim detestados, pois isto é instalar uma capela de oferendas em Meu louvor no inferno.
Por isto, Meus filhos, não deveis actuar como o fazem os filhos do inferno, mas sim que o vosso donativo não seja visto por ninguém mais do que Eu, os pobres e vós mesmos. E que cada um dê o máximo, de acordo com sua possibilidade.
Pois em verdade vos digo: Recebereis uma Terra por um centavo, um Sol por um copo de água viva e lá sereis reis. Mas se o fizerdes pelo mais puro amor por Mim, aí sim Meus amigos, Eu vos prometo: Nunca vereis a morte ou senti-la-eis nos vossos corpos. Pois a doce morte será um acordar sereno nos braços do Santo Pai e sabereis o que é ser um “amigo de Deus” por toda a eternidade. Isto, Meus amigos, isto não podereis imaginar jamais.
Agora o Meu servo vos mostrará um homem pobre. Ele é duplamente pobre, no físico e no espiritual [o servo Jakob Lorber]. Ajudai-o, tanto material como espiritualmente. O primeiro a fazer isto terá uma grande alegria. Actuai e não pergunteis a quem. Mas àquele que vos for apresentado, a este ajudai sempre. Ele é vosso irmão e não vos preocupeis por nada mais, se quiserdes ser filhos verdadeiros Daquele que permite que o Sol brilhe sobre bons e maus, e que alimenta até os animais mais ferozes.
Eu, Jeová, vosso Pai. Amém. Amém. Amém.»
(Texto revelado a Jakob Lorber em 07 de Julho de 1840)
EXCERTOS D’O GRANDE EVANGELHO DE JOÃO
NÃO É O SABER, MAS A ACÇÃO CARIDOSA QUE TRAZ FELICIDADE.
A JUSTA ABASTANÇA
«Retruca o fariseu, sobremaneira admirado:
Somente agora reconheço seres Tu, pleno do Espírito divino, pois só Deus pode transmitir tais conhecimentos. Onde fica o intelecto humano mais preparado, adquirido por experiências na observação de factos externos? Que vem a ser o homem, pequeno e limitado, perto de Deus? Jamais pode ele abarcar por si mesmo o Ser divino e a Sua natureza intrínseca.
Desejava apenas que o Templo todo fosse penetrado por tal Luz; no entanto, não é possível, devido ao atraso geral. Nós, sete, às vezes meditamos acerca de tais problemas – e de quão difícil era assimilá-los. Qual não seria a situação dos nossos colegas que nunca procuraram aprofundar-se e sim tratavam apenas de passar bem.
Quão certas são as palavras de David: Não somos nada perto de Ti, Senhor! Não devemos confiar no socorro humano, sem efeito real. Percebemos agora o aproveitamento nulo das leis templárias. Senhor e Mestre, não nos abandones com o Teu Espírito.
Respondo: Quem permanecer na doutrina, estará Comigo e Eu com ele. Quem abandonar a Minha doutrina pela atitude, ter-Me-á abandonado e a vida não estará com ele. Eu sou o verdadeiro Dia da Vida. Quem prosseguir neste Dia não se ferirá, e quem trabalhar em tal Dia, colherá o justo prémio da Vida. Por ora sabeis o mais necessário, o restante virá oportunamente. Todavia, não é só o Saber a trazer felicidade, e sim, a acção.
Existe uma acção dupla: uma egoísta dirigida ao mundo; outra justificada dentro do mundo, por verdadeiro amor a Deus e ao próximo. Na primeira, o homem busca o julgamento e a morte eternos; na segunda, amor e graça de Deus e a vida eterna da alma.
Não quero dizer com isso não dever o homem entregar-se ao trabalho e à economia, pois Eu mesmo recomendo muito zelo e economia justa. Tudo isso deve ser feito para alcançar uma reserva, que a cada momento possa socorrer a pobreza. Tudo o que for feito aos pobres em Meu nome, considero feito a Mim, dando a Minha bênção aqui e no além. Quem apenas trabalhar para si e seus filhos, sem hesitar em açambarcar bens alheios, não deve aguardar a Minha protecção, e no além não poderá enfrentar o Meu trono de graça, pois será levado ao cárcere da pior treva. Lá haverá choro e ranger de dentes, e tal alma dificilmente alcançará a plena visão de Deus.
Quem passar da economia egoística à avareza completa, é demónio em figura humana, reagindo constantemente contra o Espírito de Deus, puro amor, e por isso é excluído para sempre da bem-aventurança. Tão certo como existe o Céu, tão certo há o inferno cujo verme jamais morre e cujo fogo nunca se apagará. Quem lá ingressar de modo próprio jamais sairá pelo livre-arbítrio, redundando na morte certa e eterna da alma. Lembrai-vos disto e evitai cairdes no egoísmo, amor-próprio, avareza e orgulho. De todos os demais pecados, o homem consegue libertar-se mais facilmente.
Observai Lázaro, um dos homens mais ricos de toda a Judeia. Não o é para si, mas para milhares de pobres que dele recebem trabalho e subsistência; por isso é abençoado e, caso morra, ressuscitá-lo-ei para viver em benefício dos necessitados. Não verá nem sentirá a morte, pois poderá determinar o dia da sua partida para entrar no Meu reino, sempre aberto para ele poder habitar Comigo na Minha morada eterna.
Por aí vês não ser Eu somente amigo dos pobres, e sim, igualmente dos ricos, quando aplicam a sua fortuna na intenção de Deus, verdadeiro e justo. Quem for rico, faça o mesmo, que viverá.
Sumamente comovido, Lázaro diz: Senhor, Pai bondoso, que faço eu de bom para merecer tanta graça?
Respondo: Sei das tuas acções e qual o seu móbil; por isso não te admires do Meu elogio perante todos. Disse certa vez a um rico que pretendia seguir-Me, mas que estava preso aos bens terrenos: Vende primeiro os teus imóveis, distribui a tua fortuna entre a pobreza, depois vem e segue-Me. Como não conseguisse desprender-se, ficou triste e se afastou.
No teu caso digo: Compra ainda outras propriedades; pois os teus bens já pertencem aos necessitados que gastam a maior parte dos lucros. A um rico, preso aos bens, afirmo ser mais fácil um cordame passar pelo fundo de uma agulha, do que ele entrar no Reino do Céu.
Existem pobres que, ao receberem dinheiro por parte de um rico bondoso, esbanjam-no e se mostram ingratos. Ninguém deve por isso alterar-se. Quanto menor a gratidão na Terra, tanto maior o prémio no além; pois só deste modo demonstram a sua semelhança com Deus, que igualmente faz irradiar o Sol sobre bons e maus.
Digo mais: Fazei o bem aos inimigos, orai pelos que vos amaldiçoam e abençoai os que vos odeiam e perseguem – e tereis acumulado brasas sobre as suas cabeças, transformando a sua índole maldosa para o bem e para a atitude nobre. Emprestai o vosso dinheiro supérfluo a quem não pode restituí-lo com juros e convidai à mesa os que não podem oferecer-vos o mesmo, que ajuntareis no Céu grandes tesouros para a vossa alma.
Se fores rico e alguém te procurar, muito embora tenha abusado da tua generosidade, adverte-o com carinho; mas não o prives do teu amor. Ele se modificando, terás feito dupla caridade; não melhorando, não deves aborrecer-te com ele, pois ao lado da pobreza material existe a espiritual, maior e mais lastimável.»
A PRUDÊNCIA E PRECAUÇÃO JUSTAS
«Diz um fariseu: Segundo as tuas palavras, devemos usar precaução e cuidado na distribuição das nossas riquezas?
Digo Eu: O que disse vale por toda a eternidade; pois este Céu e esta Terra desaparecerão, as Minhas Palavras, jamais!
Se alguém, executando a melhor das acções, o fizer de forma tola, não terá valor, porquanto não atingirá o bem esperado. Quem quiser fazer o bem ao próximo, não o faça diante dos olhos do mundo e não se deixe elogiar em público, e sim, aja ocultamente, de tal forma que a destra não perceba a acção da mão contrária, pois Deus, que vê o mais oculto, compensará tais obras com a Sua bênção.
Acaso seria prudente entregardes os vossos bens ao Templo, a fim de que os distribuísse entre os necessitados? Se bem que vos elogiasse perante o mundo, os pobres não teriam benefício.
Procurai um intermediário consciencioso e tereis agido da melhor maneira; o vosso nome será desconhecido, preservar-vos-eis do louvor mundano e os pobres terão o que precisam. É melhor fundar com pessoa honesta uma instituição caritativa dentro da medida, finalidade e necessidade justas, do que dar grande importância a um ou outro; tal poderia provocar orgulho no homem já humilde, fazendo com que a sua alma se perdesse.
Fácil será encontrar tal intermediário. Posso apontar-vos cinco, aqui mesmo: Nicodemos, José de Arimateia, o nosso amigo Lázaro, o hospedeiro do Vale de Betânia e o tavoleiro da grande hospedaria na estrada principal, perto de Belém.
Deste modo, demonstrei-vos igualmente este caminho; caso os vossos familiares passem privações, serão prontamente atendidos pelos acima mencionados, encontrando abrigo do Meu agrado, para o corpo e a alma.
Dizem os fariseus: Senhor e Mestre, agradecemos-te por este conselho. Ainda hoje será aproveitado em parte, e o resto no primeiro dia após o sábado. Tiraste-nos um grande peso do coração. Que achas, se dividíssemos entre os cinco as nossas riquezas, a fim de facilitar a partilha?
Digo Eu: Depende de vós, pois ambas as ideias se justificam.
Satisfeitos, os fariseus põem-se em contacto com os homens por Mim mencionados.
Os dois escribas aproximam-se de Mim e dizem: Senhor e Mestre, que faremos? A nossa fortuna é pequena herança; entretanto, desejamos imitar os chefes, caso permitas acompanhar-te.
Digo Eu: Agi à vontade. Vede, porém, os Meus velhos discípulos: têm bens e família, ainda assim abandonaram tudo por causa do Reino de Deus e Me seguem. Podeis fazer o mesmo.
Acrescento mais: Os pássaros têm ninhos, as raposas seus covis; Eu, fisicamente um filho do homem desta Terra, não tenho posse particular que Me desse o meio de repousar a Minha cabeça.
Dizem eles: Todavia é o Céu o Teu reino, e esta Terra o escabelo dos Teus pés.
Aduzo: Isso vos foi insuflado pelo espírito e não pela mente. Continuai nesse conhecimento e enchei-vos de paciência que facilmente chegareis à perfeição interna da vida. Procurai falar particularmente a Lázaro.»
(O Grande Evangelho de João – VI – 227 – VII - 158)
***
UM POUCO DE HISTÓRIA…
AS CRUZADAS
Aprendemos sobre esta matéria ainda na escola primária. Mas devemos analisar melhor o tema pois a História está cheia de erros e mentiras. E quando falo em História falo na História de todos os países. Todos mentem em relação à sua História. E as cruzadas não são excepção.
Muitas foram as causas das cruzadas - causas económicas, foi a fome, a miséria e outras. Também o zelo religioso medieval foi um dos motivos para que se fizessem as cruzadas.
No dealbar do século XI houve um aprofundamento do zelo religioso. O ano 1000 chegou e passou e as profecias relativas ao fim do mundo não se concretizaram. Todavia, além da fome e da miséria que grassavam por toda a Europa (em 70 anos, entre os anos de 970 e 1040, houve 48 anos de fome, fruto de alterações climáticas que originaram fracas ou nenhumas colheitas), Jerusalém e outros lugares da chamada Terra Santa já não estavam na posse dos cristãos. Isto era, no mínimo, inadmissível.
Nessa época, e com o zelo reformador religioso, procedeu-se à reforma do papado, tentou-se acabar com a simonia (compra e venda de cargos e bens espirituais) e o nicolaísmo (seita da igreja que sustentava a doutrina de Balaão).
A igreja enaltecia a chamada piedade (amor e respeito das coisas da religião) e dava grande valor às relíquias e peregrinações.
Ora, as principais relíquias - em particular o túmulo de Cristo - estavam na Terra Santa. Mas era muito perigoso fazer peregrinações até esse lugar, com a agravante de aos cristãos serem-lhe interditas essas visitas. Era preciso pôr um fim a essa indesejável situação.
Com todos estes condimentos e os lugares santos profanados por outro povo e religião que nada tinha a ver com o cristianismo, nada mais natural do que a igreja chamar a si a responsabilidade de intervir para a libertação desses lugares. E foi isso mesmo que vários papas intentaram e propuseram aos reinos seculares vigentes na altura.
Não vamos falar aqui pormenorizadamente de cada cruzada pois seria uma temática longa e talvez mesmo fastidiosa.
Há historiadores que defendem que houve nove cruzadas, outros apenas seis. As três restantes seriam apenas expedições de carácter mercantilista e de conquista de terras. Não eram muito organizadas. Eram bandos que se dedicavam às pilhagens.
O verdadeiro espírito cristão das cruzadas - se é que o podemos chamar assim - ter-se-á dado, quando muito, apenas nas três primeiras, quando o objectivo era libertar os lugares santos das mãos dos maometanos/muçulmanos.
As restantes cruzadas e expedições tinham apenas como objectivo fazer bons negócios e conquistar terras que alguns senhores feudais há muito pretendiam.
De realçar que houve até uma cruzada feita por crianças. Em certa altura do caminho, a maioria das crianças foram feitas escravas e vendidas para os árabes. Um verdadeiro horror.
Resumindo: as cruzadas e restantes expedições foram um autêntico fracasso, quer a nível militar, quer a nível religioso. Não passaram de autênticas carnificinas e o espírito religioso tão propagado (e que nos foi ensinado nos livros de História) foi apenas uma teoria mítica fugaz e um fogo-fátuo.
Irmão Tomaz Correia
Bibliografia:
História Universal
O mundo medieval – Jacques Heers
História da Igreja Cristã – Volume I
W. Walker
LUGAR À POESIA
Pinhel – Portugal © Viaje Comigo
Disseram-me que está abandonada
Não distante daqui, uma capela.
Não sei o que as pessoas pensam dela,
Mas deve ser tratada e conservada.
Se às trevas, à escuridão foi dada,
Alguém deve ocupar-se, tratar dela;
Uma casa de Cristo, sendo bela,
Mais louvável se torna e mais amada.
Deve ser sempre um lar puro e sagrado
Que merece de todos mais respeito,
Devoção e total dedicação.
Não digo isto para ser lisonjeado
Mas porque sinto Deus dentro do peito,
Porque o sinto a viver no coração.
David Vidal – 2013
(In memoriam)
2021
Leia A Bíblia e ‘O Grande Evangelho de João’
“A Luz Completa”
“Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há-de vir.” (Evangelho de João 16:13) “Eis a razão, porque agora transmito a Luz Completa, para que ninguém venha a desculpar-se numa argumentação errónea de que Eu, desde a minha presença física nesta terra, não Me tivesse preocupado com a pureza integral de Minha doutrina e de seus aceitadores. Quando voltar novamente, farei uma grande selecção e não aceitarei quem vier escusar-se. Pois todos os que procurarem com seriedade acharão a verdade.”
(O Grande Evangelho de João – volume I –)
--Imagens de wix, freepick e pixabay--
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