- Visão do Cosmos/Universo. O Senhor vai permitir a um cidadão romano, visitar o Universo.
“Com a permissão do Senhor podemos despertar em vós a visão espiritual ou seja, o sublime arrebatamento do espírito. Colocar-vos-ei de início entre a Terra e a Lua, a fim de que vejais ser a primeira igualmente esférica. Em seguida, vos levarei à Lua, ao Sol e a outros corpos. Agrada-vos tal perspectiva? (…) Todos caem em sono natural, tolhidos dos sentidos físicos, mas capazes de falar.” - “Agrícola, sentado num banco começa a falar: Eis lá em baixo a Terra, uma grande esfera … O espaço aparentemente vazio está cheio de seres iguais a mim! Alguns flutuam em direcção à Terra, outros, de lá se afastam. Eis o planeta Lua, mui parecido com a Terra, porém de aspecto tristonho e lúgubre. Os seus habitantes não parecem mui felizes a julgar pela expressão. Em seguida, dirigem-se para o Sol. Quando na sua proximidade, Agrícola diz ao anjo: Amigo, este mundo é colossal! Sinto-me reduzido a nada e peço-te me levares a outro menor. No mesmo instante se acham no ponto mais lindo da esfera central do Sol, e o romano quase desfalece diante da sua magnitude. E ao deparar as criaturas solares, de beleza excepcional, já não quer ver outros astros e pede ao anjo para levar uma filha do Sol à Terra, a fim de provar aos conterrâneos existirem seres maravilhosos nesse astro. (…) Os habitantes de outros mundos são de constituição diversa, podendo, somente, viver onde foram determinados. Assim, são visitados os planetas e mais alguns sóis, onde o romano se sente muito bem, a ponto de lastimar não ter sido habitante de mundo luminoso e tão belo. O anjo, porém afirma: Amigo, precisamente neste Sol, a tua alma viveu encarnada durante quatro mil anos! Eis aí o teu palácio maravilhoso de outrora; e as criaturas a frequentá-lo foram teus parentes.”
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